Como identificar e tratar doenças comuns em furões

Como identificar e tratar doenças comuns em furões
Como identificar e tratar doenças comuns em furões - Reprodução Canva

Seu furão ficou doente e você não sabe como proceder? Hoje vamos falar sobre como identificar e tratar doenças comuns em furões. Existe uma série de patologias comuns a essa espécie e, neste artigo, oferecemos dicas sobre o que fazer diante de algumas das enfermidades que costumam acometer esse pet.

É cada vez mais comum a criação de furões como animais de estimação, no entanto, assim como outras espécies, ele está mais propenso a contrair certas enfermidades. Ao longo dos tópicos deste artigo, mostramos como identificar e tratar doenças comuns em furões, descrevendo os seus principais sintomas e o que fazer para evitá-las.

Cinomose, uma das doenças comuns em furões

Conhecida por acometer principalmente os cães, a cinomose é uma doença transmitida por vírus, seja pelo ar ou pelo contato com animais contaminados. Ela também costuma aparecer em furões, portanto, é preciso atenção, pois é altamente contagiosa e pode ser fatal.

Felizmente, a maioria dos furões costuma receber a primeira dose da vacina para cinomose já nos criadouros, mas é importante que uma dose de reforço seja aplicada cerca de três semanas depois. Se não for o caso do seu pet, uma boa dica é observar os sintomas dessa doença, que costumam ser lacrimação e inflamação nos olhos e alterações cutâneas como a formação de crostas, principalmente na região do rosto.

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Doença da glândula adrenal

Doença da glândula adrenal, uma das doenças comuns em furões
Doença da glândula adrenal, uma das doenças comuns em furões – Reprodução Canva

A doença da glândula adrenal, também conhecida como adenocortical, ou DAC, é uma das doenças comuns em furões. Ela costuma aparecer bastante principalmente se forem de meia idade ou idosos. A principal causa dessa enfermidade está na realização precoce do procedimento de esterilização no animal. A falta de exposição ao sol e uma má alimentação também contribuem para o seu desenvolvimento.

A remoção dos órgão reprodutivos durante a juventude pode afetar as glândulas suprarrenais, responsáveis pela produção de hormônios, potencialmente malformadas ou cancerosas. Nesse caso, um implante ou injeções reguladoras dessa produção hormonal podem ser uma boa maneira de prolongar a vida do animal. Entre os seus sintomas estão a perda de pelos, inflamação na próstata, dificuldade em urinar e coceira.

Linfoma

O linfoma trata-se de um tipo de câncer mais agressivo que acomete os furões, afetando os seus gânglios linfáticos. Infelizmente, é uma doença que não tem cura e geralmente leva o animal a óbito. Os gânglios linfáticos se encontram por todo o corpo do furão, no pescoço, nas axilas e na parte de trás das patas, por exemplo.

Uma maneira de descobrir o desenvolvimento do linfoma é observar se há algum linfonodo aumentado, criando um inchaço visível e incomum ao animal. Nem todo linfonodo é cancerígenos e deve ser informado ao veterinário imediatamente, para remoção cirúrgica. Infelizmente, esta é uma das doenças comuns em furões.

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Cardiomiopatia Dilatada

Esta doença é relacionada a uma condição cardíaca, principalmente vista em furões adultos, que pode vir a causar a morte súbita do animal. Não é uma enfermidade tão comum quantos outras mencionadas, mas é importante acompanhar a saúde do coração de seu pet em um veterinário, para que ele consiga identificar algum tipo de sopro ou recomendar um ecocardiograma.

Os sintomas visíveis da cardiomiopatia dilatada podem ser fraqueza, letargia e uma respiração mais rápida, com maior dificuldade, já que o coração precisa trabalhar mais para funcionar. Nesse caso, alguns medicamentos podem ser prescritos para diminuir esse esforço ao bombear o sangue, mas ainda não há uma cura definitiva ou uma causa específica para o seu aparecimento.

Insulinoma

Diferente da diabetes, doença na qual são causados picos de açúcar no sangue, o insulinoma atua fazendo com que o açúcar no sangue de um furão caia, devido a uma hiperatividade de seu pâncreas hiperativo. A dieta pode ser um dos principais aspectos a influenciar no desenvolvimento dessa enfermidade. Quando o insulinoma ocorre, as células do pâncreas desenvolvem tumores que secretam mais insulina do que o necessário para um furão.

Como resultado, o nível de glicose cai e o furão sofre com sintomas como a letargia. Se essa baixa for muito drástica, podem ser ocasionadas convulsões e até a morte do animal. Atenção caso o seu pet esteja com um sono excessivo ou produzindo muita saliva. Nesse caso, é pedido um teste simples de nível de açúcar e o acompanhamento com medicamentos e dieta, ou, em último caso, a remoção do pâncreas.

Obstrução gastrointestinal

Furão
Veja mais doenças comuns em furões – Reprodução Canva

Por serem criaturas bastante curiosas, os furões costumam ingerir objetos que não deveriam, tais como itens de borracha, com textura atrativa ao animal. Ao engolir esses elementos, pode ser causada a obstrução ou o total bloqueio do trato gastrointestinal do pet e a sua remoção deve ser rápida, pois essa barreira pode ser fatal.

Muitas vezes, não é possível perceber a obstrução gastrointestinal imediatamente, mas desconfie se o seu furão parar de defecar ou começar a vomitar, pois não conseguirá manter nenhum alimento no estômago. Com o passar do tempo, eles podem sentir letargia, perder peso ou apresentar dores na região do abdômen.

Nesses casos, leve-o a um veterinário, que pedirá uma ultrassonografia ou radiografia e remover a peça cirurgicamente ou por uma endoscopia. As bolas de pelos também são uma fonte de obstrução, portanto, é preciso manter o ambiente no qual o furão circula o mais limpo e livre de pequenos objetos possível.

Anemia Aplásica

A razão pela qual os furões costumam passar pelo procedimento de esterilização ainda jovens é o aparecimento da anemia aplástica. Nessa doença, as fêmeas do animal doméstico entram no cio, desenvolvendo a necessidade de acasalar para que a produção de estrogênio seja controlada e suprima a sua medula óssea.

Caso o acasalamento não ocorra, a produção de sangue pela medula óssea não é interrompida, fazendo com que o furão se torne anêmico. Entre os sintomas dessa enfermidade estão a fraqueza, a letargia e a palidez na gengiva. Felizmente, essa é uma doença tratável com injeções hormonais e tratamentos preventivos.

Doença dentária, mais uma das doenças comuns em furões

Essa é mais uma das doenças comuns em furões. Caso não seja tratada adequadamente, a boca do furão pode vir a desenvolver doenças dentárias, ou seja, nos dentes. Apesar de não ser uma prática muito comum entre os donos desse pet, é recomendável escovar os dentes do furão e imprescindível oferecer alimentos adequados para a sua dentição. Além da ração, uma dieta que inclui presas inteiras, por exemplo, pode auxiliar na prevenção de doenças dentárias no furão.

Para comê-las, eles precisam rasgar a carne e triturar os ossos, movimentos benéficos à sua saúde bucal. Caso tenha algum problema nessa região, seu pet pode desenvolver sintomas como dor e mau hálito, além de começar a lamber os lábios repetidamente ou a coçar o rosto. Além de hábitos preventivos, pode ser necessário remover os dentes doentes.

Agora que você já sabe quais são as doenças comuns em furões e como tratá-las de forma correta, aproveite para cuidar melhor do seu amiguinho.

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