Perda de apetite em cobras: causas e o que fazer

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As cobras estão ganhando cada vez mais o coração das pessoas em se tratando de mantê-las em casa como animais de estimação. Felizmente, os conceitos errôneos pré-formados sobre esses animais fascinantes estão sendo desfeitos, graças a informações corretas. Desse modo, se você já tem um desses animais em casa ou está estudando sobre como ter, é interessante entender mais sobre perda de apetite em cobras.

Assim sendo, saiba quais são as causas e o que fazer a respeito do assunto. Confira, ainda, outras informações que certamente você vai gostar de saber.

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Por que cada vez mais as cobras estão sendo escolhidas como animais de estimação?

A popularidade de manter cobras como animais de estimação tem crescido nos últimos anos, especialmente entre pessoas que buscam animais de estimação exóticos e diferentes. Além disso, a facilidade de acesso a informações sobre cuidados com cobras, bem como a disponibilidade de espécies criadas em cativeiro, tem contribuído para a popularização do hobby.

No entanto, é importante lembrar que as cobras são animais com necessidades específicas e nem sempre são apropriadas para todos os tipos de donos de animais de estimação. Além disso, algumas espécies de cobras podem ser perigosas, especialmente se não forem manejadas corretamente. Por isso, é importante pesquisar bem antes de decidir manter uma cobra como animal de estimação e estar preparado para fornecer os cuidados adequados e dedicar tempo para garantir que a cobra esteja saudável e feliz.

Principais espécies de cobras de estimação

As cobras são répteis fascinantes e muitas pessoas optam por tê-las como animais de estimação. Veja, portanto, uma lista de algumas das espécies de cobras de estimação mais comuns, juntamente com informações sobre seu tamanho, temperamento e cuidados necessários.

Cobra-do-milho (Pantherophis guttatus)

Também conhecida como serpente vermelha da Califórnia, a cobra-do-milho é uma das espécies de cobra mais populares para se ter como animal de estimação. Elas são dóceis, geralmente não crescem muito grandes (cerca de 1,2 a 1,8 metros) e estão disponíveis em uma ampla variedade de cores e padrões.

Píton-real (Python regius)

Conhecida como píton-bola, a píton-real é uma cobra de porte médio que pode atingir cerca de 1,2 a 1,5 metros de comprimento. Elas têm um temperamento geralmente calmo e são relativamente fáceis de cuidar. A píton-real é conhecida por enrolar-se em uma bola quando se sente ameaçada, daí o nome “píton-bola”.

Píton de carpete (Morelia spilota)

Essa espécie de píton é nativa da Austrália e é popular entre os criadores de cobras. Elas variam em tamanho, mas geralmente atingem de 1,5 a 2,5 metros. As pítons de carpete têm um temperamento variado, algumas podem ser mais nervosas do que outras, mas em geral são dóceis quando criadas adequadamente.

Cobra-rei da Califórnia (Lampropeltis getula californiae)

Também conhecida como cobra-rei do deserto, essa cobra é uma das maiores da América do Norte. Elas podem chegar a medir cerca de 1,8 a 2,4 metros de comprimento. Apesar de seu tamanho, as cobras-rei da Califórnia são relativamente calmas e fáceis de manipular.

Píton verde (Morelia viridis)

Essa cobra exótica é conhecida por sua coloração vibrante e é nativa da Nova Guiné e da Indonésia. As pítons verdes são cobras arborícolas e requerem habitats específicos para seu bem-estar. Elas podem chegar a medir de 1,5 a 2 metros e, embora possam ser um pouco mais desafiadoras de cuidar, muitos entusiastas as consideram animais de estimação gratificantes.

Cobra-de-leite (Lampropeltis triangulum)

Essa espécie é nativa das Américas do Norte e Central. As cobras-de-leite são conhecidas por sua variedade de cores e padrões. Elas podem crescer de 1 a 1,5 metros e têm um temperamento geralmente dócil.

Jiboia (Boa constrictor)

As jiboias são cobras grandes, podendo atingir até 3 metros de comprimento. Elas têm um temperamento geralmente calmo e são conhecidas por sua robustez e manejo relativamente fácil. Existem várias subespécies de jiboias com diferentes padrões e cores, como a jiboia arco-íris e a jiboia imperador.

Cobra-de-vidro (Chrysopelea spp.)

Essas cobras são conhecidas por sua habilidade de planar através do ar, usando a pele entre suas costelas para deslizar de árvores. Elas são cobras arborícolas e requerem um habitat vertical adequado. As cobras-de-vidro são tipicamente menores, variando de 60 cm a 1,2 metros, e têm uma aparência distinta e colorida.

Cobra-do-rei (Lampropeltis getula)

Essa espécie é encontrada em várias subespécies, cada uma com características de cores e padrões únicos. As cobras-do-rei podem atingir tamanhos variados, dependendo da subespécie, e geralmente têm um temperamento dócil. Elas são conhecidas por sua resistência e adaptabilidade.

É importante lembrar que cada espécie de cobra tem necessidades específicas de habitat, alimentação e cuidados gerais. Antes de adquirir uma cobra como animal de estimação, certifique-se de pesquisar e entender completamente as necessidades da espécie escolhida, além de verificar se é legal possuir uma cobra como animal de estimação em sua região.

Lembre-se de que as cobras são animais selvagens e requerem um ambiente adequado, alimentação adequada, cuidados veterinários regulares e manipulação adequada. Sempre pesquise e consulte especialistas antes de adquirir uma cobra de estimação para garantir que você possa atender às suas necessidades e oferecer um ambiente saudável e seguro.

Como deve ser o ambiente para cobras de estimação

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O ambiente adequado para cobras de estimação varia de acordo com a espécie, mas há algumas diretrizes gerais a serem seguidas. Aqui estão alguns aspectos importantes a considerar:

  • Terrário adequado: a maioria das cobras de estimação requer um terrário espaçoso o suficiente para permitir que elas se movimentem, se escondam e estendam completamente o corpo. Certifique-se de fornecer um terrário com tamanho adequado às necessidades da espécie em particular.
  • Substrato: escolha um substrato apropriado para o tipo de cobra. Opções comuns incluem papel toalha, jornal, lascas de madeira, tapetes de fibra de coco ou areia específica para répteis. Evite substratos que possam ser ingeridos acidentalmente e causar problemas digestivos.
  • Temperatura: as cobras são animais de sangue frio e requerem gradientes térmicos em seu terrário para regular sua temperatura corporal. Isso é geralmente alcançado por meio de um sistema de aquecimento, como um tapete aquecedor ou lâmpada de calor. Fornecer uma área aquecida e uma área mais fresca permitirá que a cobra escolha a temperatura adequada.
  • Iluminação: algumas cobras, especialmente aquelas que são ativas durante o dia, podem se beneficiar da exposição à luz ultravioleta (UVB) para sintetizar a vitamina D3. Certifique-se de pesquisar as necessidades específicas da espécie em relação à iluminação UVB e forneça-a, se necessário.
  • Esconderijos: cobras são animais que gostam de se esconder, portanto, forneça pelo menos dois esconderijos adequados no terrário. Eles podem ser feitos de caixas, cascas de árvores, meia-cavernas ou outros materiais seguros para a cobra se sentir segura.
  • Água fresca: sempre forneça uma tigela com água fresca e limpa para a cobra beber e se banhar, se necessário. Certifique-se de que a tigela seja grande o suficiente para que a cobra possa entrar completamente e mantenha a água limpa.
  • Alimentação: as cobras têm necessidades dietéticas específicas, geralmente se alimentando de presas inteiras ou congeladas e descongeladas. Certifique-se de oferecer uma dieta adequada para a espécie em particular e observe os hábitos alimentares dela.

É fundamental pesquisar as necessidades específicas da espécie de cobra que você deseja ter como animal de estimação. As necessidades de ambiente podem variar entre as espécies e é importante fornecer um ambiente que simule o mais próximo possível do habitat natural da cobra. Consultar especialistas ou veterinários de répteis também pode ser útil para garantir que você esteja fornecendo o ambiente adequado para sua cobra de estimação.

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Causas mais comuns para perda de apetite em cobras

A perda de apetite em cobras pode ser um sinal de que algo está errado em sua saúde ou ambiente. Algumas das causas mais comuns de perda de apetite em cobras incluem:

  • Estresse: mudanças no ambiente, manipulação excessiva, barulhos altos ou outros fatores estressantes podem fazer com que a cobra perca o apetite. É importante fornecer um ambiente calmo e tranquilo para a cobra, minimizando a perturbação e o estresse.
  • Muda de pele: durante o processo de muda, as cobras podem perder o apetite. É normal que elas se recusem a comer antes e durante esse período. Certifique-se de fornecer um ambiente adequado de umidade para ajudar na muda e evite perturbar a cobra durante esse período.
  • Temperatura inadequada: cobras são ectotérmicas, o que significa que dependem da temperatura ambiente para regular sua temperatura corporal. Temperaturas inadequadas, seja muito quente ou muito frio, podem afetar o metabolismo da cobra e levar à perda de apetite. Certifique-se de fornecer gradientes térmicos adequados no terrário para que a cobra possa regular sua temperatura corporal corretamente.
  • Problemas de saúde: infecções, parasitas internos ou externos, problemas respiratórios, lesões ou outras condições de saúde podem levar à perda de apetite em cobras. Se a perda de apetite persistir por um período prolongado, é importante levar a cobra a um veterinário especializado em répteis para um diagnóstico e tratamento adequados.
  • Hibernação ou brumação: algumas espécies de cobras, especialmente aquelas que vivem em climas mais frios, podem entrar em hibernação ou brumação, período de dormência ou diminuição da atividade metabólica. Durante esse período, as cobras podem perder o apetite. É importante conhecer os padrões naturais de hibernação ou brumação da espécie específica para entender se a perda de apetite é normal nesse contexto.
  • Problemas de alimentação: algumas cobras podem ser seletivas com a alimentação, preferindo certos tipos de presas ou texturas de alimentos. Experimentar diferentes opções de alimentação pode ajudar a estimular o apetite.

Lembrando que a perda de apetite prolongada em cobras é um sinal de alerta e pode indicar um problema de saúde subjacente. É sempre recomendável consultar um veterinário especializado em répteis se a perda de apetite persistir por um período prolongado ou se houver outros sinais de doença.

Como melhorar a perda de apetite em cobras?

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Melhorar a perda de apetite em cobras pode depender da causa subjacente do problema. Aqui estão algumas sugestões gerais que podem ajudar a estimular o apetite em cobras:

  • Verifique as condições do ambiente: certifique-se de que as condições do terrário sejam adequadas, incluindo temperatura, umidade e iluminação. Uma temperatura ambiente correta e gradientes térmicos adequados são fundamentais para estimular o metabolismo e o apetite da cobra.
  • Ofereça um esconderijo adequado: as cobras gostam de se sentir seguras e confortáveis em seus esconderijos. Certifique-se de fornecer pelo menos dois esconderijos adequados, um na área aquecida e outro na área mais fresca do terrário.
  • Varie a dieta: algumas cobras podem ser seletivas em relação à alimentação. Tente oferecer uma variedade de presas, como ratos, camundongos ou pintinhos. Além disso, experimente diferentes tamanhos de presas e até mesmo presas vivas ou congeladas e descongeladas para ver se a cobra demonstra interesse em alguma delas.
  • Estimule o comportamento de caça: em alguns casos, a cobra pode não estar respondendo à presa devido à falta de estímulo de caça. Tente simular o movimento da presa antes de oferecê-la à cobra, como balançar suavemente a presa com uma pinça para despertar o instinto de caça.
  • Minimize o estresse: o estresse pode afetar o apetite da cobra. Evite manipulações excessivas ou perturbações frequentes do terrário. Forneça um ambiente calmo e tranquilo para ajudar a reduzir o estresse da cobra.
  • Consulte um veterinário especializado em répteis: se a perda de apetite persistir por um período prolongado, é importante levar a cobra a um veterinário especializado em répteis para uma avaliação. Um profissional poderá realizar exames adequados e oferecer tratamentos específicos para a causa subjacente da perda de apetite.

Lembre-se de que as cobras têm suas próprias preferências e necessidades individuais. O que funciona para uma cobra pode não funcionar para outra. Portanto, é importante observar o comportamento e a saúde da cobra e fazer ajustes de acordo.

Como deve ser a alimentação de cobras de estimação

A alimentação de cobras de estimação varia de acordo com a espécie, tamanho e idade da cobra. Desse modo, confira algumas orientações gerais sobre a alimentação de cobras de estimação:

  • Presas vivas ou congeladas: a maioria das cobras de estimação é alimentada com presas pré-mortas, que podem ser oferecidas vivas ou congeladas e descongeladas. Alimentar com presas vivas pode representar riscos para a cobra, pois a presa pode se defender e potencialmente ferir a cobra. Além disso, as presas congeladas e descongeladas são mais convenientes e seguras.
  • Tamanho da presa: é importante fornecer presas adequadas ao tamanho da cobra. A presa deve ter uma circunferência igual ou ligeiramente maior que a largura da parte mais larga do corpo da cobra. Alimentar com presas muito grandes pode representar riscos de impactação ou lesões à cobra.
  • Frequência de alimentação: a frequência de alimentação varia dependendo da idade da cobra. Cobras jovens geralmente precisam ser alimentadas com mais frequência do que cobras adultas. Como orientação geral, cobras jovens podem ser alimentadas a cada 5 a 7 dias, enquanto cobras adultas podem ser alimentadas a cada 1 a 2 semanas.
  • Jejum sazonal: algumas espécies de cobras podem passar por períodos de jejum sazonal, durante os quais perdem o apetite. Isso é mais comum em cobras que vivem em regiões com estações distintas. Durante esses períodos, a cobra pode se recusar a comer ou reduzir a quantidade de alimentos consumidos. É importante respeitar esses períodos naturais de jejum.
  • Suplementação vitamínica: algumas cobras podem se beneficiar de suplementos vitamínicos, especialmente aqueles contendo vitamina D3. Isso é particularmente importante para espécies que requerem exposição à luz ultravioleta (UVB). Consulte um veterinário especializado em répteis para determinar se a suplementação vitamínica é necessária para a espécie de cobra que você possui.

É essencial pesquisar as necessidades alimentares da espécie em particular e fornecer uma dieta equilibrada e adequada para sua cobra de estimação. Portanto, consultar um veterinário especializado em répteis pode fornecer orientações mais precisas sobre a dieta adequada para sua cobra.

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